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A banda, conhecida por estar entre os maiores nomes do heavy metal brasileiro no mundo, tendo lançado aclamados álbuns e construído uma gloriosa carreira é também uma referência musical por seus interlúdios sinfônicos, instrumental altamente técnico e pela alquimia do metal com elementos regionais brasileiros, foi formada originalmente em 1991 e hoje em dia é um grande exemplo de versatilidade no meio musical.

Dotada de um senso de direcionamento raro entre as bandas brasileiras, o Angra não ficou esperando as coisas acontecerem, e já em 1992 gravou a demo ‘Reaching Horizons’, que despertou uma enorme curiosidade entre os fãs de metal no Brasil e que levou o grupo a conseguir viabilizar a gravação de seu primeiro álbum, no estúdio do guitarrista KAI HANSEN [HELLOWEEN] em Hamburgo, Alemanha. O resultado, o álbum “Angels Cry”, mudou de vez o cenário musical brasileiro, e afirmou o Angra como uma força dentro do fechado circuito europeu do metal melódico.

A banda conseguiu o impensável para um grupo brasileiro do estilo: mais de 100 mil cópias vendidas no Japão, onde, devido ao enorme e inesperado sucesso de ‘Angels Cry’, um EP fora lançado com versões remixadas de algumas faixas do disco. Na votação de ’melhores do ano’ da publicação especializada Rock Brigade, o público levou o Angra ao topo nas categorias Melhor Banda Nova, Melhor Álbum, Melhor Vocalista, Melhor Capa de Disco e Melhor Tecladista.

O aclamado ‘Angels Cry’ só foi lançado na Europa em 1994, com sucesso comercial e de crítica imediatos.

Ainda naquele ano, o Angra se apresentou na primeira edição do festival MONSTERS OF ROCK, dividindo o palco com nomes do peso de KISS, BLACK SABBATH e SLAYER. Seguindo o sucesso no  festival, a banda deu início a uma longa turnê pelo país, que os conduziu à Europa em 1995.

Em 1996, o Angra ousou mais ainda com o álbum ‘Holy Land’, permeado por arranjos de orquestra, corais e ritmos brasileiros o que proporcionou para este disco um sucesso comercial ainda maior do que “Angels Cry”, e assim tornou possível a  primeira turnê do grupo pela terra do Sol Nascente e que outro EP fosse presenteado aos fãs: “Holy Live”, gravado ao vivo em Paris.

1998 o mercado conheceu outros dois lançamentos do prolífero grupo: o EP “Lisbon”, e o álbum “Fireworks”, mais focado no heavy metal tradicional e sem as influências neoclássicas que já faziam parte do estilo e repertório da banda. Uma extensa turnê mundial divulgou o álbum que conquistou grande aceitação na cena mundial.

2001 foi um ano altamente importante, pois o mundo conheceu um de seus mais fortes trabalhos, “Rebirth”, um acachapante sucesso de crítica e vendas tanto no Brasil como no exterior, vendendo mais de 100 mil cópias em menos de dois meses, algo inconcebível para uma banda de metal sem nenhum apoio da grande mídia no país, onde o grupo recebeu disco de ouro. “Rebirth” ultrapassou a marca de um milhão de discos vendidos ao redor do mundo. Já em 2002, o EP “Hunters And Prey” foi lançado em meio a uma turnê mundial longa como o grupo jamais havia feito anteriormente.

“Temple of Shadows” marcou o retorno da banda ao estúdio. Lançado em 2004, o álbum ultrapassou 250 mil cópias vendidas e colocou o grupo na estrada até o ano seguinte, passando por América Latina, Europa, Japão, Ásia e Oceania.

“Aurora Consurgens” chegou em 2006, e marcou o começo de um breve hiato nas atividades da banda – estafada pela massacrante rotina de turnês. O Angra tocou ao vivo esporadicamente e foi nesse período entre “Aurora Consurgens”

e o lançamento de seu álbum seguinte, “Aqua” [2010], que realizou a mais bem-sucedida turnê da história do heavy metal no Brasil: uma tour conjunta com o SEPULTURA.

EM 2013 o grupo retornou aos palcos mundiais, dessa vez com o vocalista italiano Fabio Lione [Rhapsody of Fire].

A banda apresentou um ‘warm-up’ tocando com Lione no cruzeiro 70000 Tons Of Metal e depois foi altamente aclamado pelo público de sua terra natal, São Paulo, no festival LIVE N’ LOUDER, onde se apresentou com nomes consagrados como TWISTED SISTER, SODOM, LOUDNESS,METAL CHURCH e MOLLY HATCHETT.

Durante todo o ano de 2013 e 2014 a banda realizou uma bem sucedida turnê que comemorou os 20 anos de lançamento de seu primeiro álbum, o aclamado “Angels Cry” e percorreu toda a América Latina com apresentações incríveis e grande apoio público.

Entre a primeira e a segunda parte desta mesma turnê, o grupo retornou ao estúdio para gravação de um novo álbum com o vocalista italiano Fabio Lione.

E agora após quatro anos sem lançar nada inédito, o momento que os fãs vêm esperando ansiosamente está muito próximo. O novo álbum do Angra, Intitulado Secret Garden, mostra que a banda está em sua melhor forma e entrosamento. Com pré-produção do renomado produtor Roy Z (Judas Priest, Bruce Dickinson, Halford), e produzido e gravado na Suécia pelo talentoso Jens Bogren (Kreator, Arch Enemy, Opeth), Secret Garden reúne tudo o que consagrou o Angra como uma das maiores bandas do estilo no mundo, com uma roupagem contemporânea e composições inspiradas.

Secret Garden mostra a maturidade do Angra que, com mais de 23 anos de estrada, continua a se destacar pela garra, motivação e a mesma paixão pela música que impulsionou o glorioso início do grupo. As composições combinam os elementos que tornaram a banda conhecida mundialmente, com destaque à original combinação de estilos aparentemente distintos, que costura de maneira única o rock – em suas diversas vertentes – a música erudita e a música brasileira.

Secret Garden é mais uma obra-prima do grupo e promete ser um grande clássico do metal mundial. E como quase todos os trabalhos do Angra, Secret Garden é um disco conceitual, e traz o seguinte questionamento: algo que não existe para os olhos ou não é percebido pelos sentidos pode ser concluído como inexistente? As músicas contam em capítulos a estória do cientista Morten Vrolik, que luta para recompor sua felicidade após um trágico acidente que tirou a vida de sua esposa. Diante da nova e dura realidade, Morten é forçado a rever seus valores e crenças ateístas para conseguir recuperar a sensação de satisfação pessoal que lhe foi roubada pelo destino. A súbita mudança de rotina, a capacidade de adaptação, a sincronicidade, a solidão, a culpa, a esperança e a força para se reerguer são alguns dos assuntos abordados nas letras. Sempre sob diferentes perspectivas, sejam religiosas, científicas, filosóficas ou simplesmente estéticas.

A maior representante do power metal brasileiro no mundo volta com tudo, e traz o experiente vocalista Italiano Fabio Lione, com uma voz exuberante e uma performance impressionante. O jovem prodígio Bruno Valverde também impressiona na bateria, dando ao grupo uma sonoridade mais moderna. Um dos grandes trunfos do álbum está na grande variedade de convidados, dos quais se destacam os cantores. A holandesa Simone Simons, da banda Epica, interpreta divinamente a canção “Secret Garden”, enquanto a diva Doro Pesch faz um emocionante dueto vocal com Rafael Bittencourt em “Crushing Room”. Aliás, os diversos momentos vocais de Rafael neste disco são um dos pontos fortes, fazendo um contraste de timbre e interpretação com Fabio, que fica bastante evidente em várias canções. A capa e todo interior do álbum entrelaçam com primor a música e os conceitos em uma belíssima arte gráfica – criada pelo desenhista Rodrigo Bastos Didier – que representa os momentos oníricos da estória. A entrada para o jardim secreto, a representação do inconsciente e todo ambiente de mistério pretendem trazer para o fã uma experiência que transcende a simples audição das músicas. Mais uma vez o Angra traz à cena um lançamento bombástico e eletrizante capaz de gerar novas tendências, justificando com grandeza e elegância por que há mais de duas décadas a banda é reconhecida como um dos líderes do power e progressive metal mundial.

O ano de 2018 marcará o início de mais uma era na história do Angra. Aos 26 anos de idade, a banda mostra vontade e força nunca antes vistas. Nem mesmo a trajetória muitas vezes incerta foi capaz de tirar o foco, determinação e inspiração do quinteto liderado – e fundado – por Rafael Bittencourt, e formado ainda por Felipe Andreoli (baixo), Fabio Lione (voz), Marcelo Barbosa (guitarra) e Bruno Valverde (bateria). ØMNI é o 9º disco de estúdio do Angra, resultado de meses de dedicação intensa, suor e sangue.

O álbum foi gravado mais uma vez na Suécia, com o mesmo produtor do disco anterior (Secret Garden), Jens Bogren, e repete a excelente química de três anos atrás. A sonoridade, ao mesmo tempo que é totalmente contemporânea, tem um caráter orgânico e respeita muito as diferentes nuances e dinâmicas dos instrumentos. Entre os diversos músicos convidados, destacam-se a vocalista do Arch Enemy, Alissa White-Gluz e a cantora brasileira Sandy, que emprestam suas vozes de características totalmente opostas à faixa “Black Widow’s Web”. Muitos foram os músicos envolvidos no processo, que envolve desde a percussão da Bahia até os arranjos orquestrais da Europa, e estes ajudam a dar ao disco suas diferentes e importantes texturas.

Mesmo em um ambiente cultural cada vez mais estéril e desfavorável para a música com alma e identidade, a banda foi capaz de reunir onze faixas completamente distintas entre si, mas que ao mesmo tempo contam uma estória concisa, e passeiam por todos os estilos e nuances que tornaram o Angra referência mundial. Uma formação muito entrosada pessoal e musicalmente, transbordando criatividade, foi o combustível necessário para dar vida a essas canções, que estão sem dúvida entre as melhores da discografia da banda.

Como marca registrada, temos muito forte a brasilidade misturada à musica clássica e o heavy metal, fórmula que se soma a diferentes influências como Rock Progressivo, Thrash Metal, música latina, Djent, etc., para tornar o som ao mesmo tempo moderno e familiar. Os diferentes climas e dinâmicas fazem do disco praticamente uma trilha sonora para as letras, e trazem ao ouvinte a sensação de imersão nos diferentes momentos da estória.

ØMNI é um álbum conceitual, um conjunto de contos de ficção científica que acontecem em vários lugares no tempo, simultaneamente. A espinha dorsal da trama se baseia na ideia de que em 2046 seria criado um sistema de Inteligência artificial que mudaria a percepção e cognição humana, pois este sistema permitiria a comunicação consciente entre os seres humanos do presente com os do futuro. Viajantes do tempo, homens da caverna, guerreiros, entre outros personagens, ajudam a contar esta estória.

O disco pretende também conectar os conceitos de álbuns anteriores (Holy Land, Rebirth, Temple of Shadows) a um sistema principal, ØMNI, que é uma palavra do latim e significa “tudo”. É como se tudo o que aconteceu antes tivesse evoluído para o que a banda é hoje. Portanto, ØMNI celebra e une toda a história do Angra ao excelente momento que o conjunto vive.

A arte da capa foi desenhada à mão por Daniel Martin Diaz, um artista único de origem norte-americana que dedica sua vida a misturar conceitos científicos e filosóficos, como Anatomia, Ciências da Computação, Matemática, Cosmologia, Geometria Sagrada, simbolismo e esoterismo. O designer Gustavo Sazes foi o responsável por integrar esta arte tão orgânica ao conceito visual do restante álbum.

Com lançamento mundial em 16 de Fevereiro, ØMNI é um disco que sintetiza todas as influências e elementos que consagraram o Angra como uma referência mundial em seu estilo, agregando ainda novos elementos e influências que tornam as músicas modernas, sem perder a originalidade.

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